Dentre os paradigmas existentes no universo educacional, o da inclusão – que contempla a escola regular como espaço educativo para todos - tem trazido questionamentos e reflexões para a docência, no sentido de que há uma demanda crescente de formação continuada que atenda à necessidade de apropriação de um saber que repercutirá em seu fazer, de modo que o conhecimento seja acessível e pleno de sentido. Considerando que os fundamentos teórico-metodológicos da inclusão escolar centralizam-se “na concepção de educação de qualidade para todos, enfatizando o respeito à diversidade dos educandos” (Nascimento, 2009), concordamos com Fávero (2009) quando diz que um dos desafios da educação inclusiva está, justamente, no de repensar e ressignificar a própria concepção de educador. Atentando às especificidades (do respeito à diversidade discente e à formação docente), desenvolveu-se um trabalho de investigação com Professores dos anos finais do Ensino Fundamental, buscando analisar o processo de adaptação curricular, no sentido de propor situações de ensino aprendizagem para alunos com baixa cognição e com limitações no processamento auditivo central, de modo a otimizar a aprendizagem dos conteúdos específicos para as séries em curso. Para tanto, seguindo a abordagem qualitativa, entrevistou-se 12 Professores em uma Instituição da Rede Particular de Ensino(RJ). O entendimento da necessidade formativa para a otimização de práticas que viabilize o saber por esses alunos; a importância do trabalho sistemático de acompanhamento, que possibilitou a adaptação curricular e definição de eixos de trabalhos, bem como, uma ressignificação do saber construído no espaço de sala de aula, foram pontos relevantes identificados como resultados desse trabalho.