O presente trabalho é um recorte dos resultados obtidos durante a pesquisa de Iniciação Científica realizada no IFPE durante o período de 2015 a 2016. A pesquisa abordou a temática da argumentação no processo de Alfabetização Científica, onde foram identificados os tipos de argumentação, como também as estratégias utilizadas pelo professor durante as aulas de química para o desenvolvimento das habilidades argumentativas dos estudantes numa perspectiva da alfabetização científica amplamente defendida e estudada no ensino de ciências, focando um olhar atento ao ensino de química e ao estudo das interações discursivas na sala de aula, tendo como objetivo analisar as práticas argumentativas dos professores que favorecem o processo de alfabetização científica nas aulas de química. O fragmento aqui analisado compõe o acervo de observações de cinco aulas de química realizadas no IFPE Campus Vitória de Santo Antão em uma turma do 2º ano do ensino médio com cerca de 30 alunos.Os dados foram coletados através de uma abordagem investigativa, que utilizou a elaboração de diários de campo como instrumento para a análise das aulas e discussão dos achados investigativos, desembocando na reflexão do objetivo proposto. Os resultados indicaram que envolver e adotar atividades argumentativas como recurso didático nas aulas de química, favorece o aprendizado e conhecimento de assuntos com maior significado para os estudantes, pois permite a construção de sentidos referentes aos conceitos científicos e suas relações na compreensão de fatos, fenômenos, objetos e situações, inserindo o estudante no processo de Alfabetização Científica, através de um pensar crítico a respeito do discurso científico consolidado numa perspectiva de formação cidadã.