Este artigo, fundamentado nos pressupostos teóricos sociointeracionista, bem como nos Parâmetros Curriculares Nacionais, busca analisar o livro didático Singular e Plural: Leitura, Produção e Estudos de Linguagem (FIGUEIREDO, BALTHASAR e GOULART), destinado ao sexto ano do ensino fundamental, procurando evidenciar se o mesmo oferece um número expressivo de gêneros textuais suficientes para o letramento, literário ou não, dos alunos desse nível. Para tanto, buscamos a compreensão do que são os gêneros textuais em autores como Bakhtin, Marcuschi, Fix e Antunes, além do que se postula nos documentos oficiais que norteiam a escolha do material didático, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Esse instrumento da antiguidade tem sua existência apreciada pelas editoras, servindo como mercadoria, por outro lado, sua boa escolha adiciona na educação do país, o desenvolvimento de seus habitantes na área cultural e social. Nossas análises nos permitem afirmar que o LD em questão, apesar de suas limitações, adota a concepção sociointeracionista da linguagem e oferta um repertório mínimo suficiente para o início da abordagem dos gêneros textuais, deixando a desejar a cerca de conter apenas recortes das obras literárias, sem o contexto histórico cultural, sem a relevância de se fazer reflexões, usando os mesmos com um perfil da metalinguagem. Apresenta, ainda, limitações no tocante aos gêneros marcadamente representativos da cultura nordestina, carecendo, nesse aspecto, de complementação por parte do professor. Convém pontuar, ainda, que não podemos esquecer o LD pode ser o primeiro e único contato com a leitura dos nossos alunos.