A metodologia de ensino tradicional, muito eficiente por décadas e ainda utilizada por alguns professores mais conservadores, não atende mais as necessidades educacionais dos alunos dos tempos atuais. O professor não é mais o único detentor do conhecimento, as tecnologias digitais estão inseridas no contexto social e mudaram a forma de interagir com o mundo e como compreende-lo. Os alunos desta geração precisam ser ativos, autônomos e críticos. Nas aulas de ciências há a possibilidade de se inserir atividades práticas de experimentação introduzindo os estudantes em uma didática cientifica. Este trabalho se justifica por apontar que boas atividade experienciais se fundamentam na resolução de problemas e na contextualização do cotidiano dos alunos, ao integrar teoria e prática, promove-se o pensar ciências e o fazer ciências. Objetiva analisar as contribuições para o aprendizado efetivo de alunos no ensino de Ciências com a utilização de experimentos em sala de aula, por intermédio da realização de feira de ciências interna e identificar os elementos cognitivos e interacionistas implícitos na execução das experiências que motivam os alunos e na apreensão do conhecimento. Trata-se de uma pesquisa participante, de caráter crítico-exploratório e de abordagem qualitativa, os sujeitos foram alunos do 9º ano E, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Olímpia Souto, Esperança-PB, realizada em quatro aulas, nas duas primeiras semanas de Outubro de 2016. A partir da temática “Misturas e reações químicas” as equipes de alunos pesquisaram, desenvolveram e apresentaram experimentos correlacionados com os conteúdos estudados em química e física. Os experimentos escolhidos foram: o vulcão de bicarbonato de sódio e vinagre, a importância do oxigênio para a existência do fogo, o sólido que quer ser líquido, densidade de fluídos diferentes, leite psicodélico e a liberação de gases que enchem balões. A prática pedagógica utilizada proporcionou aos alunos maior domínio dos conteúdos, ao explanarem com clareza e coesão. As falas de aprovação das equipes pela participação em momentos de desenvolvimento cognitivo e cientifico, relataram facilidade de compreensão dos outros experimentos a partir das conclusões de suas próprias práticas. O professor precisa estruturar o planejamento das aulas e estabelecer ações que tornem o aluno como protagonista dos fazer ciências e do conhecimento. Portanto, conclui-se que o ensino construído com o uso de experimentos baseia-se nos fundamentos epistemológicos construtivistas, ao evidenciar a participação ativa do corpo discente, atribuindo aos mesmos a aquisição de criticidade ao formar o seu próprio saber. Nessa ótica, o professor assume o perfil de mediador do saber, pois estabelece orientação de como o conhecimento acontece para o aluno que interage com atividades científicas práticas, onde os alunos assumem o perfil de agentes investigativos e pesquisadores da prática. Há ainda obstáculos, que impedem a efetividade da prática do professor que envolvem estrutura física da escola, insumos para realização das práticas, número de alunos em sala de aula, formação do professor e perfil do aluno.