A configuração do artigo em tela vem realçar o espaço camponês como âmbito histórico das letras, da educação e da pesquisa. Nesse sentido, o presente estudo está objetivado a debater sobre os momentos precípuos em que as habilidades de leitura e escrita foram trabalhadas no âmbito rural. Tal intenção desencadeou outros objetivos menores: conhecer de que maneira as primeira letras foram instauradas no solo brasileiro; conhecer o período histórico em que sucederam-se as atividades pioneira de ler escrever; identificar os sujeitos sociais que atuavam como estudantes desse aprendizado, considerando a sólida divisão de classes que assola a época histórica do nosso país. Para tanto, a pesquisa – caracterizada como qualitativa – foi construída mediante alicerce bibliográfico. Sobre os pressupostos de Cagliari (2002), Paiva (2000), Arilda Ribeiro (2000), Maria Luísa Ribeiro (1987), Vera Ribeiro (1997) e Xavier, Ribeiro e Noronha (1994) levantamos os dados necessários para responder às questões propostas pelo nosso estudo. Ao final, compreendemos que o aprendizado da leitura e da escrita não era oferecido a todos os indivíduos que residiam no espaço camponês da época. Os privilégios de alguns sujeitos sobrepujavam o desejo de todos em aprender tais habilidades.