A evasão escolar apresenta-se como um dos grandes problemas da educação brasileira. Compreendida como sinônimo de fracasso escolar, é um fenômeno que se faz presente há décadas em nosso sistema educacional. Neste cenário, diversos saberes e mecanismos têm sido utilizados a fim de diminui-la ou erradica-la, dentre estes a psicologia. Diante disso, o presente trabalho objetiva refletir acerca da realidade brasileira no tocante a evasão escolar, bem como a atuação da psicologia no sistema educacional, destacando o papel do psicólogo nas escolas, onde apresentar-se-á sugestões para pensarmos em uma atuação deste profissional voltada a problemática supracitada. Por meio de revisão integrativa, analisou-se artigos dos bancos de dados LILACS e SciELO, entre os anos de 2000 a 2017, onde selecionou-se trabalhos publicados na íntegra em português, além de livros, legislação e referências do CFP acerca da temática. Constatou-se que a evasão é um fenômeno complexo, multifacetado e multicausal, atrelado a fatores pessoais, sociais e institucionais. Embora possamos observar vários avanços ainda existem inúmeras barreiras que dificultam o acesso e a permanência de milhões de brasileiros a escola, dentre estas destacam-se as barreiras socioculturais, econômicas e as relacionadas a ofertas educacionais. Referente a atuação da psicologia frente a problemática da evasão escolar, não há, na literatura, ferramentas teóricas que embasem a atuação do psicólogo. Assim sendo, algumas estratégias de fundamentação teórica podem ser úteis para pensar formas de direcionamento na atuação do profissional em escolas com casos de abandono escolar, contribuindo com referências essenciais para fundamentar suas intervenções na escola. Para tanto, faz-se necessário uma psicologia escolar crítica e contextualizada.