A formação de sujeitos leitores perpassa por inúmeros fatores linguísticos, subjetivos e sociais. A literatura humaniza e ajuda na construção identitária dos educandos. Por isso, é papel da educação incentivar a interpretação e o olhar crítico, conscientizando os alunos do seu lugar no processo de interação para com o mundo. Até mesmo o âmbito existencial é um ponto a ser desenvolvido na dinâmica e elaboração de iniciativas em sala de aula. O educador tem a função de nortear os alunos rumo à busca por uma subjetividade que envolve a realidade e a ficção. A evolução no ensino da arte literária já é notada nos dias atuais, mas certos vícios ainda são mantidos, estamos lidando com um problema sistemático e histórico. A falta do uso de obras integrais em detrimento de trechos e contextualizações históricas fatigantes é um ponto a ser abordado. O trabalho é composto pela soma do estudo elucidativo de teóricos envolvidos e empenhados na compreensão do ensino de literatura e pelo letramento literário. No decorrer do trabalho, passaremos pelas noções e considerações feitas por Annie Rouxel (2013), Antonio Candido (1995;1972), Tzvetan Todorov (2009), Rildo Cosson (2009) e Hélder Pinheiro (2007). Com o trabalho, compreenderemos que em gêneros cuja especificidade, diversidade vocabular e emocional (ou não) se reverbera, como o poema, é interessante que o ensino ultrapasse os limites formais aos quais os educandos se adaptaram. O objetivo deste trabalho é refletir sobre a sala de aula como instrumento de desenvolvimento de habilidades leitoras, bem como a importância do ensino de literatura, que deve acontecer através de processos metodológicos derivados de um planejamento cuidadoso.