O presente artigo tem como intuito analisar o perfil dos/das estudantes de instituições públicas e privadas de ensino superior, trazendo algumas reflexões que problematizem os rebatimentos que o Estado Neoliberal atinge na política de educação, e como o capitalismo se apropria dessa política em prol dos seus interesses particulares. Para isso, utilizamos um questionário quantitativo, que foi aplicado em duas universidades da cidade de Mossoró/RN – Universidade do Estado do Rio Grande do Norte e Universidade Tiradentes – com alunos graduandos em Serviço Social. A partir da coleta de dados realizada na nossa pesquisa, podemos perceber várias divergências nos dois campos de ensino, que será debatido ao longo desse documento. O conflito central está sobre a expansão do sistema educacional e as condições de trabalho que a entrelaça, esse movimento é resultado da funcionalidade educação-produção, materializada por um ensino mecanicista/tecnicista. A realidade do ensino superior está permeado pelos interesses do capital, podemos constatar essa afirmação ao analisarmos a universidade pública e privada do nosso Estado, enquanto a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte se encontra totalmente sucateada, sofrendo ameaças de privatizações e passando por diversas greves ao longo dos últimos anos – realidade essa que é vista em muitas outras universidades públicas espalhadas por todo o território nacional – a Universidade Tiradentes por outro lado está crescendo cada dia mais. Isso devido a lógica do sistema que visa atender os interesses da classe burguesa, entretanto, nosso intuito não é culpabilizar os indivíduos pela crise da educação, pois não podemos contestar as dificuldades de acesso e permanência à universidade para a classe trabalhadora. Criticamos o sistema educacional dentro da ordem vigente, por entendermos que a educação é instrumento fundamental para a transformação da sociedade desigual, resultado da contradição capital/trabalho.