O presente estudo teve por objetivo analisar o caso de uma criança com Esclerose Tuberosa (ET), do sexo masculino e com 12 anos de idade, à luz da psicopedagogia. Para tanto, buscou-se relacionar os aspectos cognitivos do aluno às atividades desenvolvidas na escola, de modo a mostrar a importância do atendimento psicopedagógico para o desenvolvimento da criança. Vários aspectos são citados na literatura como importantes para alcançar essa educação inclusiva, porém sabe-se que diante da realidade de doenças severas, como é o caso da Esclerose Tuberosa, somente algumas medidas podem ser tomadas, como o apoio de psicólogas, psicopedagogas, cuidadoras e professoras de Atendimento Educacional Especializado (AEE). A pesquisa foi realizada através de um estudo de caso, análise qualitativa, feita com base em observação direta, em uma entrevista semi-estruturada e em uma pesquisa documental. A análise está dividida em duas partes: características clínicas e pedagógicas e relato de caso pela mãe, pela professora da sala comum e pela psicopedagoga da escola. Como o que cabe à escola é, sobretudo, os aspectos cognitivos da criança, a análise dos resultados limitou-se à observação dos avanços alcançados por meio do atendimento psicopedagógico.
Os resultados demonstram que os trabalhos desenvolvidos colaboraram de forma significativa com a aprendizagem demonstrada pela criança, desde o ensino de comportamentos básicos (ao exemplo de beber água sozinho) e algumas reações ao brincar com a bola, incluindo um mínimo de interação com outras pessoas e a capacidade. Pode-se concluir que a Psicopedagogia contribuiu para o desenvolvimento possível da criança com Esclerose Tuberosa estudada no presente artigo.