O presente trabalho tem por objetivo analisar como os educadores de creche reconhecem as crianças, suas infâncias e as singularidades do trabalho pedagógico nas instituições de educação infantil. Proveniente de uma pesquisa já finalizada, com educadores de duas creches municipais do estado de Sergipe, utilizamos como aporte metodológico a pesquisa-ação-colaborativa-crítica, tendo como material para produção dos dados quatro perguntas presentes em um questionário semiestruturado, que busca reconhecer as concepções iniciais dos educadores. O estudo se fundamenta em aportes da Sociologia da Infância e em pesquisadores que se debruçam sobre a educação infantil e suas particularidades, tendo a LDB 9394/96 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil como base referencial. Entre os resultados encontrados, podemos perceber que os educadores percebem a infância como momento de descobertas e desenvolvimentos para o adulto do futuro, sendo a criança um ser brincante e inocente. O que nos faz defender a infância enquanto etapa vivencial de desenvolvimento integral do ser humano, negando a formação para o amanhã e reconhecendo que há uma criança no hoje, com singularidades e capacidades próprias que podem interferir na dinâmica social. Logo, a educação infantil possui a missão de auxiliar o processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças envolvendo ações de cuidado e educação que permitam interações e expressões múltiplas, garantindo a participação das crianças nas práticas pedagógicas. Dados que revelam a importância da formação do educador infantil e do seu trabalho de ensino possuir um caráter polivalente, considerando os distintos campos de experiência a serem aprofundados com as crianças.