A permanência no hospital pode ser traumatizante, pois é um ambiente novo, hostil, indiferente à rotina, o que causa sentimentos de angústia, desconforto e, principalmente, medo. Mas, esse receio do hospital pode ser amenizado por meio de ações, que ajudem a desconstruir a representação de hospital construída pela criança. A política de humanização no Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecidas por meio de portarias específicas, tem como objetivo aproximar os trabalhadores da saúde com o usuário, de forma a promover uma atenção à saúde, onde preservar a vida seja o centro da interação na saúde pública. Humanizar é mais do que se reportar ao paciente pelo nome, tratar cordialmente, consiste em ser presente, apoiar, acompanhar. Nesse processo de desconstrução, o lúdico será o remédio para sarar a dor. Contudo, uma hospitalização humanizada contribui para que os danos possam ser os menores possíveis para a criança. Nesse trabalho, a temática é discutida com objetivo de investigar os impactos da internação pediátrica e a contribuição da humanização no contexto hospitalar; bem como a brinquedoteca hospitalar e os possíveis riscos associados ao brincar no hospital. Por meio de uma pesquisa descritiva e bibliográfica a temática foi aprofundada. Conclui-se que o processo da internação pode gerar impactos devastadores na vida de qualquer ser humano, principalmente, tratando-se de crianças. Por isso é importante criar estratégias terapêuticas, a fim de promover o bem-estar e atender às dimensões físicas, psíquicas, culturais, espirituais, sociais e intelectuais, favorecendo a expressão do paciente, possibilitando a humanização e valorização do sujeito inserido no contexto hospitalar (BRASIL, 2005). A criança/paciente não pode ser vista apenas como alguém em busca de um tratamento médico, mas sim como uma pessoa com subjetividade, singularidade e necessita participar do seu processo de adoecimento e cura.