O interesse em investigar essa temática surgiu durante nossas práticas como professoras de Educação Infantil e durante as pesquisas realizadas no curso de Pedagogia do Parfor da Universidade Estadual da Paraíba. A problemática da forma como os professores concebem o corpo, além da existência de práticas que supervalorizam o cognitivo em detrimento do corpo, era o que mais nos inquietava, por isso realizamos essa investigação cujo objetivo foi investigar como os professores compreendem a corporeidade. Esta pesquisa de natureza qualitativa foi realizada numa Creche Municipal de Fagundes-PB, tendo como sujeitos seis professores da Educação Infantil. Para obtenção dos dados utilizamos como instrumento de coleta: a observação livre e a entrevista semi-estruturada. Nossa pesquisa repousa sobre os estudos teóricos do corpo desenvolvidos por Assmann (1995), Nóbrega (2005) e Oliveira (2005). Como resultados foi possível perceber que os professores da referida creche não tinham conhecimento teórico acerca da temática corporeidade, no entanto possuem uma compreensão prática de corporeidade e assim promovem práticas pedagógicas, na qual as crianças vivenciam seu corpo plenamente. Os professores reconhecem a necessidade de pensar o sujeito de forma integral, uma visão de corpo-sujeito, superando a concepção cartesiana e buscando desenvolver práticas que valorize ações interdisciplinares com um ensino mais contextualizado. Além disso, os sujeitos desta pesquisa e os autores do presente artigo acreditam que a aprendizagem é um processo corporal, sendo imprescindível que a criança, principalmente da Educação Infantil explore, perceba, sinta e conheça seu corpo para que ela possa se desenvolver melhor, interagir com seu meio, promover sua sociabilidade, resolver problemas e aprender de forma significativa.