O presente artigo objetiva discutir os estudos acerca da afetividade como facilitadora do processo de ensino-aprendizagem dos educandos, a partir de uma discussão dos conjuntos funcionais em Henri Wallon. Visamos, assim, compreender e problematizar a afetividade e os demais campos funcionais que constituem o sujeito em sua totalidade. Este trabalho nos convida a uma reflexão da teoria walloniana como eixo norteador do estudo dos conjuntos funcionais – afetividade, motricidade e cognição – e se ampara em uma pesquisa bibliográfica, pela qual compreendemos que existe uma significativa necessidade de estudos mais aprofundados da psicogenética walloniana e de suas relações com a educação infantil, seja nos cursos de formação de professores, bem como na prática dos profissionais da educação presentes no ambiente escolar. Compreende-se, assim, que a aprendizagem se dá a partir da integração de ambas as funções exercidas pelo sujeito – afetividade, motricidade e cognição – de modo que uma está implicada na outra e assim sucessivamente, preponderando de acordo com cada etapa de desenvolvimento. Diante disso, é papel do professor conhecer cada estágio que perpassa a evolução dos sujeitos, ao ponto que poderão melhor desenvolver as potencialidades dos seus educandos, fazendo com que ambos atribuam significado ao que é apreendido em sala de aula.