Um dos problemas recorrentes na Educação Ambiental é que a mesma ainda passa por um momento de construção teórica e prática. Trabalhos de importantes autores deste campo apontam as dificuldades ao tentar estabelecer um perfil epistemológico à Educação Ambiental que, no decorrer dos anos, tem se ramificado em diferentes correntes. Dentre estas correntes, defendemos, no presente trabalho, uma Educação Ambiental Crítica, que além de questões naturais, discute também questões culturais, sociais, políticas e econômicas que estão ligadas a esta temática. No entanto, para chegar neste modelo de Educação Ambiental, acreditamos que seja necessário compreender o que se entende por Meio Ambiente, pois o termo apresenta certas ambiguidades que geram concepções, que, por vezes, podem levar a uma concepção de Educação Ambiental que foge às discussões aqui mencionadas. Nesta perspectiva, o presente trabalho buscou identificar e analisar as concepções de meio ambiente e de Educação Ambiental presentes entre alunos de graduação do curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Maranhão, campus Cidade Universitária Dom Delgado. A pesquisa foi realizada com treze estudantes do referido curso de diferentes períodos (1º ao 10º) e modalidades (bacharelado, licenciatura). Para tanto, utilizamos como instrumento de coleta de dados um questionário com seis questões abertas relacionadas às concepções de meio ambiente e de Educação Ambiental. Os dados foram analisados a partir de uma abordagem qualitativa, tendo como referencial teóricos autores do campo da Educação Ambiental Crítica. As categorias de análise foram estabelecidas tomando por base a literatura da área. A partir dos dados obtidos, foi possível identificar dois tipos de concepções de meio ambiente entre os graduandos: Biocêntrica Biológica-Física e Antropocêntrica. Quanto às concepções de Educação Ambiental, identificamos três tipos: Tradicional, Integradora, e Resolução de Problemas.