A inclusão de alunos com necessidades educacionais específicas é tema muito presente na escola, e nos debates em âmbito nacional e internacional sobre educação. Neste campo há muitas inquietações, no qual destacamos a avaliação da aprendizagem. Historicamente a avaliação da aprendizagem é adotada como prática de homogeneização e segregação dos alunos, desvirtuando-se do que de fato deve ser: prática dialética e reflexiva do processo de ensino e aprendizagem, para uma tomada de posição frente as dificuldades detectadas. Nesse sentido nosso objetivo é suscitar uma análise crítica do processo de avaliação escolar, com vista à inclusão, permanência e emancipação dos alunos com necessidades educacionais específicas, nos delimitando ao campo dos surdos. A partir de uma pesquisa qualitativa tomamos como sujeitos desta, os alunos surdos do Instituto Federal de Educação Ciências e Tecnologia do Piauí – IFPI, que utilizam a Língua brasileira de sinais-Libras para se comunicar. Os resultados de nossa reflexão, nos aponta para a urgência de formação continuada dos professores em exercício, na perspectiva de metodologias que possam de fato incluir os alunos com necessidades especificas nas aulas, especialmente aquelas que se referem a avaliação da aprendizagem, tornando-os sujeitos ativos de seu desenvolvimento. Apesar das dificuldades que eles enfrentam nesse processo, o movimento pela educação inclusiva faz-se presente na construção de uma nova cultura escolar pela inclusão, nos fóruns, seminários e debates realizados na referida instituição. Por conseguinte, é preciso ir além desses movimentos isolados, estando presente nas atitudes cotidianas dentro da escola como um todo, nas vivências, avaliações, atividades propostas em sala de aula, e acolhida dos alunos com necessidades específicas de forma justa e igualitária.