A proposta deste trabalho é dialogar o modelo médico clássico moderno ocidental, em particular na perspectiva da responsabilização do processo saúde e doença individual cedido aos profissionais da saúde, com conceitos e abordagens que se inquietam e buscam devolver a autonomia de si do indivíduo e reintegra-lo a suas múltiplas dimensão de ser e estar no mundo, a partir do tripé básico: Corpo, mente e espirito, enquanto sistema integral. Novos paradigmas tem buscado resgatar a capacidade inata que cada um possui a se responsabilizar em gerar o adoecimento ou bem estar, a psicossomática consegue reconhecer na soma a dimensão da psique e a ela considerar a origem das desordens corporais que tradicionalmente são conhecidas como doença, às práticas integrativas e complementares em saúde, as terapias holísticas ou alternativas, tem adquirido crescente espaço nessas esferas onde brotou a inquietação com o modelo de saúde vigente. O foco no processo educativo à prevenção e o retorno a este auto olhar e cuidado de si como já propôs Foucault, tem aos poucos adquirido seu lugar de relevância e respaldo científico, inclusive na própria racionalidade médica tradicional. Existe uma resistência as práticas integrativas, por se apresentar como uma possível ameaça, pelas críticas que são levantadas para embasar e justificar a importância de um novo olhar integral de saúde sobre o ser. Muitos dos argumentos partem do princípio do adoecimento coletivo que a sociedade se encontra pela dinâmica de cotidiano em que vivemos, muito embora essas discussões nada queiram com rejeitar o que vem sendo realizado pela medicina tradicional, o convite é que lado a lado se caminhem o olhar tradicional e o integrativo, para que cada abordagem cuide de uma dimensão do ser compreendendo o lugar de importância de cada uma. Entendemos pois, que é uma condição inata de cada ser, reconhecer em si seus caminhos de adoecer ou se manter saudável, a partir da adesão de uma Educação Emocional que o capacitará a se respeitar como indivíduo único em toda sua complexidade, e por tanto o responsável por se conhecer o tanto quanto possível o mais profundamente, gerenciar suas emoções de maneira equilibrada, que resultará uma boa relação consigo mesmo e a estabelecer relações de vinculo e afetividade com as pessoas que convive. Consequentemente acolher seu merecimento ao bem-estar integral e ao estado de felicidade, que é um direito de todo ser-humano, e nossa condição original.