O presente trabalho teve como objetivo conhecer as atitudes dos estudantes frente ao ruído. Especificamente, objetivou-se comparar as atitudes frente ao ruído em função do ano de ensino e em função dos sexos masculino e feminino. O foco no ambiente escolar foi embasado na relação pessoa ambiente e na perspectiva psicopedagógica. Participaram do estudo 297 alunos do ensino médio, com idades entre 14 e 20 anos (m=16; dp = 1,15), matriculados em uma escola da rede pública de ensino da cidade de João Pessoa-PB. Os estudantes responderam a uma escala de Atitudes Frente ao Ruído e questões sociodemográficas. As análises foram realizadas por meio do programa estatístico Statistical Package for the Social Science 21 (SPSS) que possibilitou caracterizar o grupo amostral, verificar as médias das atitudes frente ao ruído e comparar os resultados de acordo com o sexo e o ano de ensino dos aprendentes, por meio de análises multivariadas de variância (Manova). Os resultados mostraram que os estudantes apresentaram um nível de atitudes meritório (m = 3,28; dp = 0,32), com tendências negativas frente ao ruído. Foi possível verificar que para o grupo analisado não existe diferenças estatisticamente significativas entre meninos e meninas com relação às atitudes frente ao ruído e, observou-se que os estudantes do segundo ano obtiveram médias maiores na influência do ambiente ruidoso (m= 16,77) do que os participantes do terceiro ano (m= 15,45). Com base nos resultados, foi possível discutir a necessidade do desenvolvimento de ações de esclarecimento sobre o que é ruído, barulho e som; visando a promoção de atitudes e comportamentos mais adequados, o que resultaria em ações para a diminuição dos ruídos ambientais controláveis pela ação das pessoas e, consequentemente, favorecer uma melhora nos processos de aprendizagem.