O presente artigo é resultado de reflexões feitas a partir das observações em uma escola municipal e no seu entorno, com o objetivo de compreender quais os conhecimentos de ciências as crianças poderiam aprender por meio da interação com os espaços não formais da comunidade do Aninga – Parintins/Am. Discute acerca dos espaços não formais e sua contribuição para os conhecimentos de ciências, por serem adequados na construção de conhecimentos significativos, além de proporcionar novas experiências, especialmente em comunidades ribeirinhas onde o ambiente é permeado por uma diversidade de recursos naturais, onde a criança mantem uma relação direta devido às suas experiências. Nos fundamentamos em autores como: Jacobucci (2008), Lorenzetti e Delizoicov (2001), Terán (2013), Kramer (2002), Carvalho (2010), e outros. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e por se tratar de pesquisas com crianças adotamos o método do tipo etnográfico. Os sujeitos foram dez crianças na faixa etárias de 10 a 11 anos e a professora da turma. Os dados foram construídos por meio da interação com os sujeitos, observação participante com registro no diário de campo, gravador de voz e análise de desenhos. Portanto, os resultados apontam que o reconhecimento e a valorização dos conhecimentos das crianças ribeirinhas possibilitam novos olhares para o seu processo de ensino-aprendizagem, e as práticas desenvolvidas nos espaços não formais permitem o contato das crianças com diferentes tipos de saberes, contribuindo com novos sentidos as suas hipóteses e novos conhecimentos, e os espaços não formais constituem-se uma possibilidade no ensino e na aprendizagem das crianças.