Numa escola estadual da Rede Pública de ensino do Município de São Gonçalo-RJ, um professor da disciplina de Geografia, decidiu refletir acerca das experiências da formação inicial de seus alunos e futuros educadores, do segundo ano do curso normal à Nível Médio de Ensino, no que tange à inclusão de alunos com deficiência em classe comum. O trabalho teve como objetivo problematizar a formação inicial para inclusão, partindo do discurso proferido pelos jovens e futuros professores quanto as suas expectativas em atuar em turmas inclusivas. Estes alunos e futuros formadores, na faixa etária entre dezesseis e dezessete anos, participaram como sujeitos da pesquisa. Teve como suporte teórico e metodológico a Teoria Crítica da Sociedade, especificamente, com ênfase no pensamento de Theodor W. Adorno. Este autor, em seus estudos relacionado à formação de futuros educadores, reconhece a importância de se pensar na formação de professores para além de sua dimensão profissional. Dimensão que não valoriza apenas a aquisição de conteúdo, mas também, a capacidade de o educador poder se tornar sensível aos problemas sociais e atuar diante da realidade que o cerca. Como procedimento de coleta e análise dos dados foram utilizados: entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo. Os resultados revelaram a não existência de resistência e discriminação em relação à atuação com alunos com deficiência em turmas inclusivas, por parte dos futuros professores e sujeitos da pesquisa. Constatou-se, também, no discurso dos futuros educadores, o reconhecimento de que a atuação com alunos com deficiência em turmas inclusivas, necessita de docentes que estejam aptos a reconhecer a importância da constante pesquisa como suporte à atuação pedagógica.