O presente artigo pretende tecer pequenas considerações teóricas sobre a temática ainda recente na pauta acadêmica que é a aprendizagem histórica digital nas redes sociais. Como parte de nossa pesquisa de mestrado, pretende-se aqui fazer algumas rápidas reflexões sobre a importância de se estudar esta matéria visto que a educação hoje se insere no ciberespaço, cujos sujeitos estão mergulhados na cibercultura. Repensar a aprendizagem em história, considerando as redes sociais como mais um recurso didático para tal pode levar à ressignificação dos papéis da escola e do professor. Dos sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem merece ênfase a análise do novo perfil de discente, considerado como “pensador digital”, visto que enquanto nativo digital e imerso na cibercultura não apresenta interesse nas formas mais comumente utilizadas no ensino de história. O novo perfil de estudante apresenta uma nova racionalidade, com novos interesses e que exige uma nova aprendizagem. Há muito a escola deixou de ser o único acesso ao conhecimento e professores e escolas parecem perder a disputa para os canais de youtube e páginas do facebook. Além disso, diariamente professores assistem durante as aulas a reprodução de discursos que estão dispostos enquanto narrativas nas redes sociais. As questões principais, dentre outras, são: Por que nossos estudantes preferem as redes sociais na aprendizagem? Como esses discentes operam historiograficamente nesses espaços virtuais? É possível para o professor utilizar estes canais de informação como produção de saber histórico com seus alunos? Durante a pesquisa o percurso metodológico a ser seguido será através das contribuições da netnografia e da história digital, que além de fornecerem pressupostos e métodos, viabilizam novos caminhos para a produção de narrativas.