ESCARIÃO, Andréia Dutra. A ludicidade e a escola como um espaço de linguagem. Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/35461>. Acesso em: 23/12/2024 00:03
Pensar uma educação para crianças pequenas pede de nós um olhar cuidadoso sobre as questões que envolvem a escola infantil. Neste artigo temos o objetivo de levantar alguns posicionamentos acerca da ludicidade como ponto de partida para o desenvolvimento da fala no espaço da escola infantil. Para tal, discutiremos a luz de alguns teóricos como Vygotsky (2010), Faria (2009), Kramer (2007), assim como, alguns Documentos do MEC que discutem a organização, o planejamento e as orientações para a educação infantil. O interesse no estudo surge a partir dos desafios que cercam a discussão, levando em consideração a história de descaso que marca a educação infantil, o brincar ainda compreendido como algo de menor importância, e as práticas educativas que privilegiam a linguagem escrita em detrimento da linguagem oral. Sabemos que o brincar é um direito da criança, esta compreendida como um sujeito social ativo, que se constitui através da interação, das relações que estabelece com a cultura, e com o meio social em que está inserido. As práticas educativas que permitem a construção de espaços de brincar que privilegiam o desenvolvimento da linguagem oral, se apresentam, no nosso entendimento, como caminhos na busca por uma educação de qualidade. A discussão aqui apresentada é parte da construção teórica da Tese de Doutorado no Programa de Pós Graduação em Linguística da UFPB. A partir da discussão levantada, podemos inferir a essencialidade da inserção do lúdico no espaço da escola infantil, como prática de fundamental importância no desenvolvimento da linguagem da criança pequena, assim como, para o seu desenvolvimento pleno.