A palma forrageira (Opuntia ficus-indica Mill.) pertencente à família das cactáceas, de origem mexicana, é uma planta de grande valor para a região semiárida do País, porém o broto faz parte da dieta alimentar da população de alguns municípios, sendo seu potencial nutritivo não totalmente explorado pelo homem tendo em vista que ela é mais frequentemente utilizada na alimentação animal. O processamento mínimo de broto de palma para o consumo humano pode ser uma alternativa promissora para o desenvolvimento socioeconômico das regiões semiáridas do Nordeste Brasileiro. Desse modo, o objetivo do trabalho consistiu em elaborar um fluxograma operacional e avaliar a qualidade pós-colheita de brotos de palma minimamente processados visando o consumo humano. Assim avaliou-se a qualidade de brotos de palma ‘Gigante’, ‘IPA Sertanea’ e ‘Miúda’ na elaboração de produtos minimamente processados. Os brotos foram processadas com espessura aproximada de 5 mm. Após o preparo, foram acondicionadas em bandejas de poliestireno expandido recobertas com PVC e armazenadas a 4±0,5ºC sob 65±5% UR, por 7 dias. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 3 x 2, com o primeiro fator constando das cultivares de palma (‘Gigante’, ‘IPA Sertanea’ e ‘Miúda’), e o segundo dos tempos de análise (0 e 7 dias). Durante o período de armazenamento foram avaliadas as características de pH, sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT) e teor de vitamina C. O processamento mínimo mostrou-se como uma alternativa viável para a comercialização do broto de palma, visto que ocorreram alterações pós-colheita que não refletiram perdas drásticas sobre a qualidade do produto.