A pega de boi no mato é uma prática recorrente na caatinga nordestina e se caracteriza de um modo geral, pela atuação do vaqueiro na derrubada do gado existente desde meados do século XIX e contemporaneamente ameaçada de extinção na maior parte do sertão nordestino, ou já desapareceram de lá, a tradição do vaqueiro na pega de boi no mato é uma atração cultural que atrai o sertanejo e reforça a sua identidade territorial, refletindo o seu cotidiano e o seu espaço vivido, onde através de politicas públicas estão atraindo turistas para região. Este projeto surge com o objetivo geral de compreendermos essa relação cultural do sertanejo na figura do vaqueiro e a tradicional pega de boi no mato e sua relação sociedade e natureza, analisando como tal cultura vem resistindo ao longo dos anos. Para nosso estudo escolhemos o município de Serrita, localizado no sertão de Pernambuco, com área aproximadamente de 1.538,437 km² e cerca de 19.000 habitantes, detém de clima tropical e semiárido, é caracterizada por áreas de escassez de água, e tem como vegetação predominante a caatinga xerófita, entre outras, além de ser popularmente conhecida como a capital do vaqueiro. A escolha do município de Serrita deu-se por manter vivas suas raízes culturais e a tradição da pega de boi, diante de uma região sacrificada pela seca. Estão sendo criada politicas publicas para contribuir com a cultura da região e abrir portas para o turismo local. Nos lugares sertanejos onde são mantidas estas festas a identidade cultural está construída por meio de símbolos de uma memória coletiva, alicerçada por histórias de bravura, coragem e sagacidade dos vaqueiros de outrora. Ficando assim exposto a sua importância para a cultura Nordestina.