No Nordeste brasileiro, a ovinocultura é muito importante como atividade socioeconômica, porém há a dificuldade alimentar nos períodos de seca. Neste período é imprescindível fazer uso de técnicas de conservação de forragem, principalmente as espécies com alta disponibilidade. A avaliação do escore corporal prediz a condição energética dos animais, assim como a circunferência escrotal influencia sobre a reprodução e as características de carcaça dos animais. Objetivou-se avaliar o escore corporal e a circunferência escrotal de ovinos alimentados com rações contendo diferentes níveis de inclusão de feno de jurema preta. Foram utilizados 24 ovinos confinados em baias de piso ripado durante 75 dias. Foram avaliados os níveis 0, 12,5, 25 e 37,5% de inclusão de feno de jurema preta na ração total. O escore foi avaliado no dorso e na região esternal e a circunferência escrotal na porção medial dos ovinos. O delineamento foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos e seis repetições, que foram submetidos a análises de variância e regressão, sempre ao nível de 5% de probabilidade. Foi observado que os diferentes níveis de adição de feno de jurema preta não influenciaram estatisticamente as medidas corporais dos ovinos. Os valores de perímetro escrotal foram similares aos observados na literatura. Já o escore dorsal e esternal se mostrou acima dos dados obtidos por outros autores. Desta forma, o feno de jurema preta pode ser oferecido a ovinos sem o comprometimento da condição corporal e biometria escrotal, representando uma alternativa viável para alimentação dos ovinos nos períodos de restrição hídrica no semiárido brasileiro.