Os morcegos são os únicos mamíferos com real capacidade de voo, sendo o segundo grupo mais diversificado com maior número de espécies e maior distribuição geográfica. Os quirópteros representam um dos grupos de mamíferos mais diversificados em relação aos hábitos alimentares, que não é surpreendente devido à diversidade de espécies. A família Phyllostomidae, que compreende os morcegos de folha nasal do Novo Mundo, é a terceira maior da ordem Chiroptera. Esta família é o grupo mais diverso entre os morcegos neotropicais. Com respeito aos quirópteros, existe pobreza de informações nas cidades brasileiras devido o conhecimento se restringir às espécies que são enviadas ou coletadas pelos órgãos de saúde ou agricultura e pela inexistência de dados completos sobre o número total de espécies que ocorrem nessas regiões, por ser o Brasil um país de dimensões continentais. Alguns estudos mostram que na região Nordeste, o Estado da Paraíba é tido como portador de uma riqueza de morcegos inferior àquela que realmente apresenta. O objetivo deste trabalho foi avaliar o número de espécies da família Phyllostomidae da Universidade Federal de Campina Grande - Centro de Saúde e Tecnologia Rural (UFCG/CSTR) localizado no município de Patos, sertão da Paraíba. As capturas foram feitas com redes de neblina. Foram capturadas quatro espécies pertencentes a duas subfamílias. As espécies capturadas foram: Artibeus planirostris, Artibeus obscurus, Platyrrhinus lineatus (subfamília Stenodermatinae), e Trachops cirrhosus, (Phyllostominae). Um ambiente urbano funciona como local que fornece abrigo e fonte de alimento para espécies de morcegos de diferentes espécies e hábitos alimentares.