Considerando as características nutricionais e principalmente a disponibilidade de jurema preta na Caatinga, bem como o potencial de produção de feno no semiárido, é imprescindível buscar meios para inclusão adequada desta forrageira na alimentação de ovinos confinados da região semiárida. O experimento teve o objetivo de avaliar a biometria de ovinos terminados em confinamento alimentados com ração contendo feno de jurema preta. Foram utilizados 24 ovinos machos, não castrados, mestiços de Santa Inês, pesados, identificados, desverminados e vacinados contra clostridiose. A biometria procedeu-se, com auxílio de uma régua e uma fita métrica, as avaliações biométricas de altura do dorso (AD), altura da garupa (AG), largura de peito (LP), largura da garupa (LG), perímetro da coxa (PCX) e perímetro torácico (PTX), comprimento espanhol (CESp) e comprimento neo-zeandês (CPN). O delineamento foi inteiramente casualizado, onde foram avaliados os efeitos de quatro rações (0, 12,5, 25 e 37,5% de inclusão de feno de jurema) em 6 repetições. Os dados foram submetidos a análises de variância e regressão, sempre ao nível de 1% de probabilidade. Foi observado que não houve efeito da inclusão do feno de jurema sobre as características biométricas dos ovinos, de modo que o feno de jurema pode ser adicionado à ração de ovinos sem comprometer o desenvolvimento corporal dos animais. A biometria dos animais avaliados foi considerada boa e superior a observada na literatura para ovinos mestiços de santa Inês. Assim, a jurema preta pode ser conservada e oferecida ao rebanho ovino nos períodos de escassez em substituição ao feno de capim.