O setor da cerâmica vermelha apresenta grandes avanços na região nordeste, em especial no estado do Rio Grande do Norte, o que decorre da disponibilidade de matéria prima e força de trabalho. No entanto, ainda se caracteriza como segmento subdesenvolvido, de caráter familiar, que utiliza técnicas e equipamentos antigos. Estes aspectos refletem diretamente nos aspectos socioambientais, visto que reduzem a produção dos empreendimentos e agridem ao meio ambiente. Mediante tais discussões, este trabalho tem por objetivo analisar o ciclo produtivo da Cerâmica Itajá, situada no Vale do Assú, e discutir os principais avanços socioambientais decorrentes das práticas de inovação ambiental e tecnológicas. Para tanto, foram realizadas visitas in loco e registros fotográficos do processo produtivo, o que permitiu conhecer os ambientes de trabalho do empreendimento, bem como analisar os insumos utilizados e as técnicas empregadas. A Cerâmica Itajá se mostra em constante avanço, tendo em vista o aprimoramento do sistema produtivo, que permite maior visibilidade e reconhecimento pelos fornecedores de insumos e compradores dos produtos finais. No tocante aos aspectos ambientais, ressalta-se o uso de matéria prima licenciada e biomassa alternativa, que nas condições atuais se caracteriza como a reincorporação de resíduos em novos sistemas produtivos, bem como a redução do uso de energia, devido ao aproveitamento dos vapores gerados ao longo do processo de incineração do pó de madeira, e, a minimização dos lançamentos de poluentes na atmosfera.