O crescimento da urbanização brasileira nas últimas décadas tem apontado para uma desconcentração espacial no sentido que municípios de médio porte têm crescido mais que as grandes metrópoles. Nesse contexto esse estudo buscou inicialmente discutir o crescimento de cidade de porte médio à luz das teorias do crescimento endógeno e na busca de identificação de padrões de crescimento. Assim, fazendo uso de modelos de econometria espacial esse estudo buscou testar a hipótese de convergência condicional do crescimento das cidades de porte médio do Nordeste brasileiro. As estimações foram feitas considerando dois períodos: 1991-2000 e 1991-2016. A robustez dos testes apontou para a necessidade de incorporação do efeito de vizinhança nos modelos econométricos. Assim, foram estimados modelos de erro espacial (SEM) e modelo de defasagem espacial (SLM). Os testes apontaram o modelo SEM como mais adequado. Dessa forma, a hipótese de convergência condicional foi aceita. Isto é, municípios menores crescem mais rapidamente que os maiores e todos na direção de equilíbrio de longo prazo. Melhor infraestrutura, saúde e renda per capita atuam no sentido de aumentar o crescimento, já o analfabetismo e a concentração de renda atuam no sentido contrário.