LIRA, Iris Dayane Guedes et al.. Orientação sexual na formação docente. Anais COPRECIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/31340>. Acesso em: 07/11/2024 11:59
Atualmente, o fluxo de assuntos que possuem caráter sexual e que são disponibilizados pelos pilares da sociedade, principalmente a mídia, bombardeiam crianças e adolescentes. O preocupante é que muitas vezes essas informações não apresentam o mínimo de cuidado quanto ao público que irá atingir, simplesmente são "jogadas" ao ar e assistidas por toda a população. Ao se deparar com certas cenas, temas ou até mesmo propagandas, os jovens podem facilmente ter dúvidas e desenvolver opiniões erronias a respeito de sexualidade. Nessa perspectiva a escola funciona como uma provedora de esclarecimento quanto aos questionamentos trazidos por alunos para dentro do âmbito escolar, assim, é necessário que na formação docente hajam discursos sobre a sexualidade para que em sua pratica, consiga incluir o tema no currículo escolar de forma clara e objetiva, ajudando os discentes a refletir sobre seus valores e principalmente contribuindo para o respeito mútuo, direcionando a educação para um caráter sociocultural e não apenas um caráter biológico. A coleta de dados se baseou na revisão bibliográfica de autores que abordam o tema. Diante dos problemas agravados pela falta de orientação sexual direcionada aos jovens, cresce a preocupação em instruí-los. A família que atua como base para a formação social e cultural do indivíduo, geralmente reconhece a sua responsabilidade em transmitir valores, mas ao mesmo tempo demonstra a dificuldade em debater assuntos relacionados à sexualidade com seus jovens. Apesar das escolas já incluírem o tema em seus currículos alguns professores deixam de trabalhar o assunto por acharem que o papel de orientar as crianças sexualmente é da família. A exclusão do tema também ocorre porque professores não sabem lidar com os assuntos relacionados a sexualidade devido a suas crenças e valores. Desta forma a má formação de professores é o principal fator que interfere na dispersão do tema, assim, se houvesse uma preparação voltada aos docentes essas discussões poderiam estar mais presentes no âmbito educacional. É importante ressaltar que a escola não substitui os ensinamentos que estão presentes no âmbito familiar, antes tornam-se uma complementação eficaz desses.