Este trabalho propõe uma sucinta reflexão sobre os usos das tecnologias no ensino, mais especificamente das tecnologias midiáticas, enquanto e, para além de alternativas didáticas que promovem melhor aproveitamento do conteúdo e favorecem uma aprendizagem eficaz. Consideramos que dialogar sobre as práticas educativas para fortalecer a adequação entre o conteúdo e apropriação dele, é fulcral na superação das insuficiências metodológicas e das limitações que se colocam diante do processo de ensino-aprendizagem. Porém, à parte das questões de cunho metodológico, situaremos esta discussão no sentido de encarar como as tecnologias midiáticas se constituem enquanto conhecimento independente, ou seja, enquanto tema principal de uma aula. Exploramos, neste sentido, possibilidades heterodoxas de pensar o trabalho docente em ajuste com a formação educativa na atualidade, isto é, considerando as transformações que estruturam a sociedade e que adentram nos debates da escola através do conhecimento prévio dos alunos. Discutimos, assim, a capacidade da mídia de promover maior apreensão de conceitos e conteúdos a partir da associação entre o absorvido na recepção e o reconhecimento, essa é uma tendência muito presente na realidade dos alunos, uma vez que se apropriam de inúmeras tecnologias midiáticas e levam esse conhecimento para as aulas no intuito de exemplificar ou tirar dúvidas. Outra questão fundamental a considerar é que a mídia contribui, de maneira mais intensa que a escola, para fomentar o senso crítico dos alunos. Visamos, ao considerar o papel das tecnologias midiáticas, acalorar os debates futuros sobre a educação, evidenciando as implicações para a aprendizagem, e questionando, implicitamente, como promover o ensino sem considerar as facetas e conjunturas da atualidade.