Discutimos, neste artigo, a produção de políticas em diversos contextos a partir da concepção de Ball e Bowe (1998). Entendemos que as políticas educacionais são produções sociais, envolvendo diversas demandas, sempre com resultados imprevisíveis. Acreditamos assim que propostas de reformas educacionais não nascem simplesmente da vontade do governo. Os diversos atores da escola têm suas próprias ideias que tendem a propiciar a política que se encontra circulando, disputando espaço, buscando legitimação para tornar-se hegemônica. Dessa forma, buscamos mostrar as políticas educacionais enquanto movimento complexo, envolvendo interesses, embates, disputas em muitos contextos, sem, necessariamente, serem emanadas das normas estatais, dos manuais, dos livros ou diretrizes oficiais citando como exemplo a atual reforma do ensino médio advinda por medida provisória.