A polifarmácia é problema cada vez mais comum afetando grande parte da população idosa. As consequências geradas pelas doenças crônicas não transmissíveis, tornando-se substancialmente mais perigosa quando doenças crônicas associam-se com doenças tabaco-relacionadas. O presente estudo objetivou intervir na prática da polifarmácia dos usuários em tratamento tabagista, promovendo o uso seguro e racional dos medicamentos. Para isso, foi utilizada Metodologia Ativa do tipo Aprendizagem Baseada em Problemas, realizada na Universidade Federal de Campina Grande. Foram assistidos 77 tabagistas maiores de 18 anos que buscaram voluntariamente o Programa Multidisciplinar de Tratamento de Tabagistas, no período de Dezembro de 2016 a Junho de 2017. Semanalmente, foram realizados encontros com palestras, reuniões motivacionais, verificação de parâmetros fisiológicos, dispensação de medicamento e avaliação do perfil farmacoterapêutico dos tabagistas. Ao identificar o perfil farmacoterapêutico, foram observados que 20 dos 77 tabagistas praticavam polifarmácia e mais de 30 casos de interação, sendo a forma moderada, as mais encontradas e de maior relevância. Em menor número foram encontradas as interações graves. Em relação a interações com a Bupropiona, o medicamento utilizado no tratamento tabagista, as mais encontradas foram às interações do tipo moderadas resultando em efeitos aditivos na redução da pressão arterial. Desta forma, foi possível realizar uma intervenção por meio da atenção farmacêutica orientando os tabagistas dos possíveis riscos e minimizando danos à saúde. Ficando evidenciada a importância da atuação de farmacêuticos na farmacoterapia de tabagistas, em especial aos de polifarmácia.