A atual crise da educação é estudada e explorada por inúmeros pesquisadores, das mais variadas vertentes metodológicas, com diversos objetivos. No entanto, em geral, apresentam-se apenas soluções e alternativas paliativas que, por não atingirem o cerne da questão, não vislumbram uma real modificação do paradigma educacional. Nesse sentido, é possível encontrar uma série de fórmulas prontas que se propõem a tornar a educação mais atrativa para a nova geração de estudantes e, consequentemente, mais útil para o mercado. Ao agregar, por exemplo, as mídias sociais e os dispositivos móveis à educação, podemos modernizar a escola com certeza, mas não resolver suas mais urgentes questões. A solução da crise por que passa a educação depende de uma revolução, a mesma por que já passa o mundo no dias de hoje: a revolução da colaboração. Logo, a educação, para fazer sentido neste novo momento, precisa se reinventar. Esse novo paradigma que ganha força na sociedade atual se fundamenta, organizacionalmente, em redes distribuídas, nas quais cada indivíduo é um nodo fundamental. Acreditamos ser este o caminho que a educação deva seguir. Para tanto, um aprofundado estudo de organizações em rede, bem como extensos trabalhos de campo deram o material para a criação do conceito de "educação distribuída", uma nova forma de organização das instituições educacionais com vistas a ir de encontro com o paradigma da colaboração.