As infecções por parasitoses intestinais é um problema de Saúde Pública mundial. As enteroparasitoses causam um quadro debilitante em seus hospedeiros, causando diarréia e desnutrição. Com a grande biodiversidade brasileira, os fitoterápicos tornam-se mais acessíveis para a população em geral. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo correlacionar as plantas medicinais utilizadas no tratamento da ascaridíase, ancilostomíase e giardíase, discorrendo sobre estas doenças e seus respectivos tratamentos fitoterápicos. Trata-se de uma revisão bibliográfica nas bases de dados Google Acadêmico, SCIELO e SCIENCE DIRECT. A pesquisa foi baseada em estudos publicados sem restrição de datas e os descritores utilizados foram: enteroparasitoses, plantas medicinais, tratamento, parasitas, ancilostomíase, ascaridíase e a giardíase. A Erva-de-santa-maria (Chenopodium ambrosioides) é uma planta herbácea de pequeno porte, possui propriedades aromáticas fortemente notáveis, mostra-se eficaz no tratamento de ascaridíase que é uma verminose intestinal, causada pelo parasita Ascaris lumbricoides, e também no combate da ancilostomíase que é uma helmintíase que pode ser causada tanto pelo Ancylostoma duodenale como pelo Necatur americanus. Sendo seu principal fitoconstituinte o monoterpeno ascaridol, o principal responsável pelas características antiparasitárias desta planta. A hortelã (Mentha suaveolens) é uma espécie de planta perene com flor, suas folhas possuem um forte aroma, pertencente à família Lamiaceae, ela demonstra eficácia no tratamento da giardíase que é uma infecção intestinal causada pelo protozoário flagelado Giardia lamblia. A folha da hortelã miúda apresenta óxido de piperitenona, que é um forte agente antiparasitário. O óleo essencial desta planta apresenta diversos constituintes, sendo que os óleos ricos em pulegona têm sido referenciados como os mais eficazes para o combate das parasitoses intestinais. Deste modo, estas duas plantas, a Erva-de-santa-maria e a hortelã, mostram-se como recursos valiosos para o tratamento das enteroparasitoses. Por outro lado, e apesar dos avanços já obtidos na área do estudo de Plantas Medicinais, é válido salientar que este é um campo de estudo que ainda necessita de mais pesquisas e empenho de pesquisadores de modo a continuar validando o uso empírico das plantas medicinais e descobrindo novos fitoconstituintes presentes nas diversas plantas existentes.