Esta revisão bibliográfica caracteriza o transtorno obsessivo-compulsivo, destacando as implicações dos sintomas nos familiares de indivíduos que apresentam esse quadro. TOC é um transtorno crônico e incapacitante, onde o sujeito acometido apresenta interpretações errôneas e significados catastróficos, transformando pensamentos normais em obsessões, que podem ou não serem neutralizadas pelas compulsões mentais, realização de rituais ou comportamentos evitativos. O teor das obsessões e compulsões é distinto entre um indivíduo e outro, embora algumas manifestações sejam mais frequentes, como limpeza, simetria, ferimentos, etc. O que torna um sujeito suscetível ao desenvolvimento do TOC ainda não está claramente definido. Porém, há evidências de que aspectos biológicos e/ou genéticos favorecem o aparecimento do quadro. A prevalência entre homens e mulheres é balanceada. O transtorno obsessivo-compulsivo é considerado incapacitante, pois desencadeia danos em vários segmentos da vida do sujeito acometido, seja no âmbito social ou laboral, acarretando uma disfunção na dinâmica dos familiares, pois estes tendem a submeter-se aos rituais do paciente, num processo denominado acomodação familiar, provocando uma queda na qualidade de vida dos entes. Diante da complexidade desse transtorno, o tratamento considerado mais resolutivo é a combinação de psicofarmacologia e psicoterapia, enfatizando a funcionalidade da abordagem cognitivo-comportamental, pois essa corrente teórica utiliza-se de técnicas e procedimentos que permitem a participação ativa do paciente e, consequentemente, evolução significativa. Logo, o objetivo dessa pesquisa é apresentar a sintomatologia do transtorno obsessivo-compulsivo e o impacto desta nos familiares que convivem com sujeitos com esse quadro clínico, apresentando o tratamento no âmbito cognitivo-comportamental e farmacológico.