QUEIROZ, Simone Moura. Reflexão sobre professor “ideal” de matemática. Anais III CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/22126>. Acesso em: 22/11/2024 09:06
“Como seria o professor ideal de Matemática?” Esta foi uma pergunta lançada a um grupo de cinco licenciando, após vivenciarem uma experiência de docência em Matemática, em que nesta buscaram entrelaçar as teorias estudadas e debatidas em sala de aula, suas concepções como alunos do ensino básico e superior de como o professor deve lecionar, seus conhecimentos técnicos matemáticos, com a realidade de sua turma. As respostas que nos foram dadas levaram-nos a refletir sobre de onde advém o entendimento do que seria um “professor ideal” de uma maneira genérica, já que estas destoaram, apesar de convergirem em alguns momentos. Para refletirmos trouxemos alguns dos filósofos da Diferença, como Foucault, Deleuze, Guatarri e Rolnik, observando as peculiaridades das respostas de nossos sujeitos, em vez da preocupação em encaixá-los em um padrão, pois segundo estes teóricos o sujeito vai se constituindo, na articulação de discursos e práticas (LAROSSA, 2011), apresentam-nos o não-universal, desmitificando esta ideia do uno, no caso de nossa pesquisa da não existência de um sujeito perfeito padrão que leciona Matemática. Neste apresentaremos alguns conceitos relacionados ao processo de subjetivação, agenciamento, o ato de afetar e o desejo, que fazem parte da teoria filosófica apresentada. Assim como o de sermos sujeitos múltiplos e dinâmicos. Como metodologia de pesquisa inspiramo-nos em algumas técnicas de si, descrita por Foucault (1994) provinda da filosofia estoica, em que se faz um exame de si e de sua consciência, antes de redigir uma carta. Foi pedido aos sujeitos desta pesquisa para escreveram livremente a respeito da docência e do que seria um professor ideal de Matemática, cabendo aos pesquisadores selecionar trechos que lhe afetaram. Neste artigo objetivamos uma reflexão a respeito da inexistência de um modelo de professor ideal, adentrando por conceitos relacionados, inspirado nas reflexões de futuros licenciados em Matemática.