A resolução de problemas é uma das tendências atuais do ensino de matemática. Entretanto, o seu ensino ainda apresenta muitas dificuldades. Estudos comprovam que o surdo apresenta muita dificuldade na resolução de problemas, tanto por questões linguísticas quanto as advindas do processo de ensino. Quando se trata de ensinar problemas de estrutura multiplicativa ao aluno surdo os professores ainda se limitam a “traduzir” para a Libras os procedimentos e metodologias pensadas para o ouvinte. Desenvolvemos um estudo que se encontra na fase de implementação de uma intervenção junto aos professores de 2º ao 5º ano de escolas polo de João Pessoa e Sousa. Essa intervenção é baseada na cultura surda que é centralizada na ênfase das características e singularidade do surdo, no modo como ele se desenvolve e como ocorre a aquisição do conhecimento. Está em concordância com os estudos que defendem que o professor precisa compreender que o uso da Libras e da interlíngua é importante para o surdo chegar ao raciocínio lógico matemático. Sob esse estudo, o professor estará sendo incentivado a refletir sua prática e perceber que esta precisa estar apoiada em um tripé educacional: língua de sinais, o conhecimento matemático e uma metodologia baseada na utilização de variadas experiências visuais em diferentes sentidos pedagógicos. A Teoria dos Campos Conceituais será apresentada como importante subsídio para a compreensão do papel das situações na construção dos conhecimentos matemáticos. Essa teoria trata do gerenciamento do ensino, das estratégias e das intervenções realizadas pelo professor.