O papel da Geografia Escolar vem sendo objeto de discussões no âmbito da Educação Formal há muitos anos. Apesar de abordar conteúdos que são essenciais para a formação cidadã de cada sujeito, a disciplina de Geografia tem sofrido com os reflexos das crises epistemológicas que a Ciência Geográfica passou ao longo dos anos. Nesse contexto, um ensino de má qualidade realizado por professores de forma desinteressada, que não buscam fugir do tradicionalismo, tem feito com que os estereótipos relacionados à Geografia se propaguem e que está seja vista como uma disciplina simplória e enfadonha, ou como os alunos dizem decoreba. Em um mundo onde a velocidade da informação torna qualquer acontecimento como um fato instantâneo para todo o globo, a urgência por uma abordagem mais dinâmica e atual torna-se mais que necessária. Nesse sentido, o professor pode se aproveitar das inúmeras influências que permeiam o cotidiano dos alunos sejam elas culturais, sociais ou políticas, utilizando os componentes tecnológicos que são comuns entre os jovens, como celulares, tablets e computadores, para estabelecer um elo entre os saberes geográficos e essa gama de possibilidades, para a partir disso, trabalhar as mais diversas temáticas relacionadas à Ciência Geográfica de uma forma mais dinâmica e interativa. Para tanto, o professor tem que utilizar o seu olhar geográfico para identificar a aplicabilidade de cada componente, pensando os assuntos e os procedimentos didático-metodológicos, para que não acabe fugindo do seu propósito principal. Esse trabalho pretende discutir o papel do professor na identificação das possibilidades didático-metodológicas a partir do seu olhar geográfico, tendo como base para as discussões as experiências vivenciadas no Estágio Supervisionado.