A biodegradação nos aterros sanitários é realizada por diversas comunidades microbianas, gerando o biogás, que é composto principalmente por metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2). O objetivo deste trabalho é avaliar três técnicas utilizadas para o monitoramento das concentrações do biogás, verificando suas diferenças e compatibilidade com as fases de biodegradação dos resíduos sólidos urbanos dispostos em um lisímetro. Desta forma, foi construído um lisímetro de 11 m3, dotado de um sistema de drenagem de gases e líquidos, e posteriormente, realizado o planejamento estatístico para obtenção da amostra representativa de resíduos sólidos urbanos. Após essa etapa foi realizada a coleta de biogás e o monitoramento a partir de 3 (três) metodologias: Kit Biogás com Biofoto, Dräger e Cromatografia Gasosa. Baseado nos resultados obtidos pelo Kit Biogás verificou-se que as concentrações de CO2 variaram entre 12% e 27,5% e, por volta do dia 137, as concentrações de CO2 se encontravam em níveis dentro do limite esperado para a fase de transição do processo de digestão dos RSU. As concentrações observadas com o Dräger variaram entre 3% a 19,5 % para CH4 e 7,4% a 33% para CO2. As concentrações de CO2 verificadas pela Cromatografia Gasosa apresentaram uma média em torno de 43%. O monitoramento de gases indicou que o lisímetro entrou na fase metanogênica após 391 dias. As três técnicas se mostraram eficientes, sendo a Cromatografia Gasosa a mais precisa para monitorar as concentrações de biogás.