Ainda tida por muitos como a parte do ensino de língua portuguesa que não se coaduna às situações reais de uso, o ensino de gramática parece estigmatizado e desconsiderado por muitos estudantes, visto a complexidade e o número de regras gramaticais a que estão submetidas às práticas de sala de aula. Partindo desse pressuposto, o presente trabalho objetiva refletir sobre o ensino de gramática, estabelecendo um contraponto entre a visão estruturalista da língua e as novas vertentes que defendem um ensino numa perspectiva interacionista da linguagem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, fundamentada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) e em teóricos, como Antunes (2003), Marcuschi (2008), Fávero & Koch (2012) e outros aportes que se debruçam sobre o assunto, buscando elucidar questões pertinentes e propondo um redirecionamento das práticas vigentes. Um trabalho que aponta para a necessidade de se trabalhar a gramática numa perspectiva interacionista, dinâmica e funcional, o que pode, efetivamente, contribuir para o desenvolvimento das competências comunicativas de seus usuários.