Estamos imersos em um mundo cada vez mais digitalizado em que, desde a infância, o acesso a dispositivos eletrônicos é quase onipresente. Todavia, embora a tecnologia tenha suas vantagens, tais como trazer informações rápidas e facilitar a vida das pessoas em todos os aspectos, é notório que o uso excessivo de telas pode dificultar os relacionamentos interpessoais e, por conseguinte agravar transtornos psíquicos já existentes. Diante disso, surge uma preocupação recorrente acerca dos potenciais efeitos do uso intensivo de telas na saúde e no desenvolvimento de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH). Assim, o objetivo da presente pesquisa é explorar a associação entre o tempo prolongado em dispositivos eletrônicos e os sinais e sintomas do TDAH em crianças, sobretudo no que tange aos mecanismos comportamentais subjacentes. Pretendemos também discutir intervenções comportamentais para o gerenciamento do uso de telas pelas crianças como forma de promover o desenvolvimento saudável das crianças inseridas nesta era digital. Neste estudo, investigamos a relação entre o uso excessivo de telas por crianças e o diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), adotando a perspectiva da análise do comportamento. Ao final da pesquisa, enfatizamos a necessidade de uma abordagem integrada, que considere fatores comportamentais, ambientais e sociais, para uma compreensão abrangente e eficaz dessa complexa relação.