Todos os anos em nosso país, milhares de denúncias são feitas sobre casos de violência sexual, e, dessas denúncias registradas a sua maioria são de casos de vítimas que têm até 13 anos, ou seja, crianças e adolescentes são os principais alvo dessas violações de direitos. Desde a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, as instituições escolares assumem um papel de extrema relevância na composição de uma rede de proteção - promovida pelo Estado e pela sociedade civil - no enfrentamento aos casos de violência e exploração sexual de crianças e adolescentes, uma vez que é no espaço escolar que muitas crianças encontram um ambiente seguro para relatar as violações de direitos sofridas no meio intrafamiliar. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo promover um olhar crítico de crianças e adolescentes sobre o reconhecimento de situações cotidianas, que envolvem violações de seus direitos humanos fundamentais, com foco nos casos de violência e exploração sexual infantojuvenil a partir de diferentes estratégias educativas. O trabalho foi desenvolvido com 4 turmas do segundo segmento do ensino fundamental, a partir da metodologia de estudos de casos, utilizando uma abordagem qualitativa. Como resultado, observou-se a participação efetiva dos estudantes, que puderam compartilhar suas impressões, dúvidas e angústias relacionadas ao tema, além de participarem da produção coletiva de cartazes informativos e outras produções artísticas contendo as principais informações relacionadas à campanha do maio laranja. Por fim, ressaltamos a relevância do papel da escola dentro da rede de proteção em favor dos direitos sexuais de crianças e adolescentes