Em um mundo cada vez mais marcado por desigualdades sociais, políticas e econômicas, a busca por abordagens educativas que capacitem indivíduos a compreenderem criticamente suas realidades e a agirem para transformá-las é fundamental. Ao examinar como a hermenêutica filosófica de Gadamer pode se alinhar com a pedagogia libertadora de Freire, podemos desenvolver uma perspectiva integradora que transcenda as fronteiras disciplinares e teóricas. Isso pode abrir novos caminhos para o desenvolvimento de abordagens educativas mais abrangentes e eficazes, além de consolidar aspectos fundamentais da pedagogia dialógica. Em suma, o estudo sobre como a hermenêutica de Gadamer se alinha com a pedagogia libertadora de Freire em termos de promover a emancipação através da linguagem é justificado pela sua relevância social, sua capacidade de oferecer uma perspectiva integradora e seu potencial para informar práticas educativas transformadoras. A filosofia da linguagem de Paulo Freire está profundamente ligada com o objetivo da libertação. Ele acredita que, ao tomar consciência do poder da linguagem e utilizá-la de maneira crítica, as pessoas podem superar a alienação e as estruturas opressivas, como nos traz em seu livro Pedagogia do oprimido (1987b), em que diz que pensar certo como a condição para superar a curiosidade ingênua e construir um conhecimento crítico como base para a práxis transformadora. Para tanto, esse artigo foi construído mediante revisão bibliográfica do referencial teórico de Paulo Freire (1967; 1987; 1996; 2009) e pela hermenêutica filósofa de Hans-Georg Gadamer, objetivando provocar reflexões sobre sentido dialógico da linguagem e sua centralidade nos processos formativos. Assim questionando-se Em que sentido a aproximação da pedagogia freireana com a hermenêutica gadameriana pode contribuir para ampliar nossa compreensão sobre centralidade da linguagem dialógica na educação? Os apontamentos finais assinalam que o estudo sobre como a hermenêutica de Gadamer se alinha com a pedagogia libertadora de Freire em termos de promover a emancipação através da linguagem é justificado pela sua relevância social e integral do sujeito.