Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

A CIRANDA INFANTIL: ESPAÇO DE BRINCAR E APRENDER SOBRE RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS .

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

Este trabalho apresenta a experiência da ciranda infantil, um espaço educativo desenvolvido durante o X Fala Professor (a): Encontro Nacional de Ensino de Geografia, realizado em 2023, na Universidade Estadual do Ceará. Alguns movimentos sociais trazem a perspectiva feminista de promoção da igualdade entre homens e mulheres, participação política e educação democrática desde a infância, garantindo espaços infantis na programação de seus eventos. A Ciranda Infantil inspirou-se nesses movimentos e caracterizou-se como uma política de ação afirmativa. Atendeu crianças com idade entre 4 e 11 anos, acompanhantes de participantes do evento (palestrantes, organizadores(as), feirantes e encontristas). O objetivo deste texto é apresentar as reflexões e tomada de decisões que contribuíram para o planejamento e gestão do referido espaço infantil, considerando as especificidades das territorialidades das crianças. A programação foi definida com atividades lúdicas possibilitando a todas as crianças, dentro da faixa etária definida, participar e acompanhar, com ou sem o auxílio direto de educadores(as), assim como promover a troca de experiências, a brincadeira e a aprendizagem. A proposta da Ciranda esteve alinhada à temática étnico-racial, no sentido de contribuir para um projeto de educação democrática e popular, como uma ação afirmativa também de encontros acadêmicos. Partiu-se de um entendimento de que só poderemos romper com as estruturas do racismo se também, desde a infância, as crianças (independente da descendência), participarem de atividades lúdicas sobre a história e cultura da população afro-brasileira. Para isso, demandou uma preparação que incluiu os estudos pedagógicos, de geografia das infâncias e sobre relações étnico-raciais. Consideramos que essa ação afirmativa, além de promover processos de aprendizagens e promoção da igualdade étnico-racial, também possibilitou ampliar a participação de encontristas nos espaços de debates e construção de conhecimentos, principalmente para as mulheres, socialmente definidas como responsáveis pelo cuidado das crianças.

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