A exaustão parental é descrita como um grande cansaço cognitivo, emocional e físico que impacta os pais devido ao excesso de responsabilidades ligadas à criação e proteção dos filhos. O Transtorno do Espectro Autista se caracteriza por dificuldades na comunicação, interação social e pela presença de comportamentos restritos e repetitivos. Embora seja reconhecida a relação entre esgotamento e parentalidade, somente recentemente surgiram estudos específicos no âmbito da exaustão, ressaltando a importância de investigar tal fenômeno. Apesar da escassez de estudos que examinem diretamente a relação entre autismo e exaustão parental, pesquisas indicam que as mães de crianças autistas enfrentam mais estresse do que os pais, devido às distintas responsabilidades atribuídas a cada cuidador. Diante do exposto, o presente estudo objetiva entender se mães de crianças com autismo enfrentam níveis mais altos de exaustão parental do que mães de crianças com desenvolvimento típico. Os instrumentos utilizados foram: uma Escala de Exaustão Parental, um questionário sociobiodemográfico e outro sobre o uso de telas pelas crianças. Participaram deste estudo 50 mães de crianças entre 5 a 11 anos com diagnóstico de TEA e 50 mães de crianças com desenvolvimento típico na mesma faixa etária. Atualmente a pesquisa encontra-se em fase de análise de dados. A hipótese principal é que a presença do diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo nos filhos está associada a um maior nível de exaustão por parte das mães, em comparação com mães de crianças em desenvolvimento típico. Espera-se que os resultados contribuam para uma melhor compreensão dos fatores que influenciam a exaustão parental, fornecendo base para orientações parentais e enriquecendo a literatura científica.