Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

CONSCIÊNCIA HISTÓRICA E MEMÓRIA: UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

O presente trabalho se propõe a apresentar uma proposta de ensino de história mediado pela consciência histórica, tendo a memória social como ponto de partida para problematizar a construção de identidades coletivas e individuais e interpretações sobre o tempo presente. Segundo Cerri (2011) consciência histórica é uma das estruturas do pensamento humano, que atua, incialmente, a partir da memória. É uma capacidade exigida pela imperiosidade de agir no mundo em que se está inserido, para dar uma resposta aos acontecimentos que vivemos e suprir carências de orientação para nossa atuação em sociedade. A partir desta definição de consciência histórica, percebe-se que esta está ligada não apenas ao que fazemos individualmente diante de fatos e narrativas, mas também o que se faz coletivamente. Acontecimentos históricos (definidos pela construção do saber disciplinar) e acontecimentos do nosso cotidiano (a experiência do senso comum), com frequência se cruzam, interagindo. O conhecimento histórico (dos acontecimentos e fatos históricos, mas também do sentido narrativo atribuído a eles) alimenta uma consciência crítica, que permite interpretarmos criticamente as experiências de senso comum. Por este motivo, cabe aqui analisar que o ensino de história e a consciência histórica estão ligados de um modo ou de outro, pois o ensino de história fornece uma amplitude de conhecimentos históricos aliados a momentos vivenciados pelo ser humano. A disciplina história parte do princípio de apresentar/discutir eventos, personagens e momentos históricos a partir de construções narrativas que atribuem sentido ao tempo. Através desta disciplina os (as) professores (as) procuram apresentar/construir conhecimentos em conjunto com seus (as) alunos (as) para que estes consigam interpretar, refletir e questionar acerca do mundo em que vivem, propondo assim uma aprendizagem onde os conteúdos factuais não sejam memorizados, mas sim que estes consigam impor uma representação acerca das informações significativas e associações dos conteúdos aprendidos.

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