Este artigo é resultado das reflexões realizadas na disciplina de Organização e Memórias dos Espaços Pedagógicos da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), que também corresponde a uma das linhas de pesquisa do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), que é ofertado em rede. O objetivo foi explorar a interseção entre a memória e a formação de identidade profissional, ressaltando a sua importância no contexto educacional e profissional. Metodologicamente, o presente artigo, de cunho teórico, considerou a pesquisa bibliográfica, à luz de autores como Candau (2011), Sarlo (2007), Augusto (2011), entre outros, e também a própria experiência vivenciada, com foco na atuação junto à modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), buscando refletir acerca da importância da memória na constituição da formação da identidade profissional e também pessoal dos indivíduos. Nessa perspectiva, ressalta-se que o ato de recordar não apenas promove uma espécie de domesticação do passado, mas também confere ao indivíduo a capacidade de se apropriar dele, incorporando-o e deixando a sua marca. A memória, portanto, age como um selo memorial significante da identidade, na qual cada lembrança molda a narrativa pessoal e contribui para a construção de uma história única e autêntica. Assim, é importante mencionar que a compreensão da história vai muito além do acontecimento em si, pois ela incorpora a nossa interpretação subjetiva e a forma como construímos a narrativa, moldando a nossa percepção da realidade e a essência dessas histórias que nos acompanham ao longo de nossas vidas. Especificamente atrelada à modalidade mencionada (EJA), enfatiza-se que o processo de memória é crucial para adultos que estão na busca por perspectivas de um futuro melhor, conscientes de que o tempo é um desafio diante do caminho a ser percorrido.