A exclusão das pessoas com deficiência na escola é um fenômeno complexo que vai além das limitações físicas, penetrando em barreiras sociais e culturais profundamente arraigadas. Este ensaio se propõe a investigar teoricamente esse processo multifacetado, integrando as perspectivas de importantes pensadores, como Bourdieu, Foucault e Vygotsky, visando compreender e promover a emancipação das pessoas com deficiência. Pierre Bourdieu, em suas análises sobre a reprodução das desigualdades sociais, oferece insights valiosos sobre como o capital cultural e social afeta o acesso à educação, contribuindo para a exclusão das pessoas com deficiência na escola. Michel Foucault, ao examinar as dinâmicas de poder e controle social, lança luz sobre as formas sutis de exclusão presentes na escola, onde práticas disciplinares e normativas podem reforçar estigmas e limitações impostas às pessoas com deficiência. Por fim, Lev Vygotsky, com sua teoria histórico-cultural, oferece uma abordagem que destaca a influência do contexto social e cultural no desenvolvimento humano, sugerindo que a inclusão desses indivíduos na escola requer uma valorização de suas experiências e interações sociais. Ao incorporar essas diferentes perspectivas, este ensaio busca não apenas compreender as raízes da exclusão das pessoas com deficiência na escola, mas também propor caminhos para a sua superação. A teoria histórico-cultural de Vygotsky emerge como uma ferramenta fundamental nesse processo, ao enfatizar a importância da interação social e da mediação cultural para o desenvolvimento humano, e oferecendo insights para a criação de ambientes educacionais mais inclusivos e emancipatórios para todos os alunos, independentemente de suas habilidades ou limitações.