Apesar das tentativas de construção de uma educação mais moderna, que impulsiona a necessidade de mudanças nas práticas educacionais realizadas no dia a dia, percebemos que essas mudanças enfrentam a força dos paradigmas newtoniano-cartesiano que permeiam ideias e ações educacionais tradicionais, que tendem a reproduzir uma postura de resultados, de metas e propósito direto a ser atingido. A escola mais ativa ensina e possibilita a formação educacional de alunos e alunas que tenham condições de pensar, compreender, investigar e buscar respostas diante das inquietações educacionais. A trajetória educacional nos ensina que existem profissionais da educação que usam uma didática que aprenderam na sua própria formação, ao longo da vida, com base numa visão da sociedade sobre a aprendizagem. Entretanto, verificamos que, nos ambientes educacionais, esse aprendizado denota aspectos que apontam a distância da teoria e do conhecimento didático, com atitudes e práticas pedagógicas tradicionais. Educação de qualidade demanda uma ação pedagógica, pautada no conhecimento e em metodologias de ensino inovadoras. Por isso, se faz necessário o debate sobre o uso da didática e as complexidades que envolvem o ato de ensinar, oriundo do ato de aprender. Esse é um estudo bibliográfico, com propostas, argumentações e reflexões a partir dos teóricos Libâneo (2004), Beltrão (2000), Behrens (2005), entre outros. Pensar a didática educacional envolve uma mudança de propostas pedagógicas, além da necessidade contínua de formação, qualificação, especialização, capacitações, visando à desconstrução de ideias e práticas educacionais tradicionais enraizadas na ação educativa. Desse modo, podemos pensar um processo de fluxo contínuo da didática, que envolve a forma de ensinar e de aprender, no sentido de que as ações educacionais estão na busca de promover uma educação com base nas potencialidades e habilidades dos alunos e alunas para aprenderem e assimilarem os conhecimentos que estão relacionados à capacidade histórica da formação humana.