O estudo aqui exposto intenta compreender, à luz da ontologia marxiana o complexo da educação. Apesar das limitações enfrentadas no contexto da sociedade inserida sob a égide do capital, temos o intuito de apontar o papel da educação como instrumento fundamental de transformação social, bem como analisar possibilidades de práticas educativas de natureza emancipatória. Uma educação voltada para uma formação crítica é primordial se pensar as práticas educativas articuladas com a emancipação humana. A pesquisa está alicerçada em teóricos apoiados no fundamento metodológico à ontologia marxiana. Neste contexto, torna-se indispensável compreendermos o trabalho como uma categoria fundante do ser social, assim como sendo o fundador do complexo da educação. Esse trabalho foi desenvolvido a partir de análises de conteúdos dos estudos de teóricos embasados na ontologia marxiana, com uma revisão de literatura onde buscamos essencialmente a pesquisadores, como Lukács, Marx, Tonet, Lopes. Nas nossas investigações, destacamos estudos de teóricos que asseveram que é através da categoria trabalho que ocorre o processo de autoconstrução humana. Como resultados, apontamos que o ser humano não se reduz a apenas um ser biológico, mas que este faz parte de um grupo social, e desta maneira age de modo consciente. Ao pensar em uma educação voltada para uma formação crítica devemos considerar uma educação voltada para as práticas emancipatórias. Abordamos nesta pesquisa, na perspectiva da ontologia marxiana a compreensão de que a educação é uma atividade fundada pelo trabalho, o qual é o fundante do ser social. Nesse prisma, a função da educação institui-se na transmissão de conhecimentos e valores, no entanto, na sociedade de classes, seu papel é cumprir os interesses da classe dominante.